USUARIOS ON-LINE


Este blog tem o intúito de informar aos leitores sobre fatos históricos da cidade de Crato do Estado do Ceará

TRADUZA - TRANSLATE

Powered by Estimulanet.com

quinta-feira, 2 de julho de 2009

ALEXANDRE ARRAES DE ALENCAR

Nasceu em Araripe-Ce, no dia 31 de Fevereiro de 1895, filho de Miguel Arraes e Dona Maria Silvinha de Alencar. Cursou o primário em sua cidade natal e apenas 1 ano de seminário em Fortaleza.
Casou-se com a Sra. Noemi de Alencar e teve oito filhos: Aline, Maria Edneida (Jornalista e Professora), Eldenora, Dr. Miguel Edson (Advogado do Banco do Brasil do Rio de Janeiro), Emanuel (Procurador da República), Tereza, Maria Silvinha e José Arraes Sobrinho.
Trabalhou no Jornal O Povo como telegrafista com o pseudônimo de Aloísio do Amaral e foi um grande líder empreendedor e idealista. Seu sonho era proporcionar o desenvolvimento industrial do Crato e com um capital de 7 contos de Reis fundou a firma Almino Comercio e Industria S.A.
Amante da natureza era profundo conhecedor das riquezas da Serra do Araripe e de todos os seus recursos naturais e minerais fundou o horto Florestal Municipal. Sabia a exata localização de todas as fontes, veios d´água, clareiras e árvores centenárias da localidade.
Era grande orador e incentivador da educação. Tornou-se discípulo de Eça de Queiroz, de quem herdou fortes influências literárias, escreveu sobre as maravilhas da serra do Araripe com tal estilo que chegou a ser comparado com seu mestre literário.

Candidatou-se a prefeito e em 27 de Setembro de 1937 assumiu a gestão da Prefeitura de Crato. Mostrou-se bastante hábil em sua administração.
Político querido e respeitado, sempre consultava a opinião pública para buscar atender os anseios da população, fiscalozava pessoalmente todas as atividades do município.
Comprou terras no Lameiro, contratou um agrônomo e iniciou a produção comercial de hortigranjeiro (hortaliças e frutas), tanto para ensinar a novos produtores como para o abastecimento da cidade.
Inaugurou o serviço de água encanada e luz elétrica, combateu a erosão no leito do Rio Grangeiro do morro do Bairro Seminário, impedindo a construção de casas no local.
Detre as demais açoes exercidas em sua administração fundou o grupo Escolar Municipal e o posto anti-rábico no hospital São Francisco de Assis, restaurou as estradas de rodagem, construiu pontes pavimentou garnde parte da cidade, fundou a Biblioteca Municipal e incentinou os gêmios cívicos, escolares e literários.
Assim, a cidade dispunha de: “luz de dia”, água encanada, colégio para homens, colégio para mulheres, seminário, bispo, curso noturno profissionalizante, escola agrícola, horto florestal, cinemas, amplificadoras, rádio, jornal, shows dos principais artistas de rádio do país, coluna da hora, trem diário, hotéis, maior feira livre, aeroporto, hospital, maternidade, posto de puericultura, médicos com diversas especialidades, laboratório de análises clínicas, radiografia, praças arborizadas e com canteiros floridos, fonte luminosa, clubes sociais, banhos públicos na Nascente, orquestra, escola de música, Banco do Brasil (o único num raio de muitos quilômetros). Com todas essas novidades, que não existiam em outras cidades do interior do Nordeste, nasceu a expressão “Só no Crato...” Ou seja, “só o Crato tinha todas essas iguarias" por ser pioneiro em varios aspectos.

Teve grande contribuição na urbanização da cidade com a construção de praças , dentre elas a Praça Francisco Sá (conhecida pupularmente como a praça do Cristo Redendentor, por ter um obelisco decorado, a Coluna da Hora, com uma relógio e a imagem de braços abertos do Cristo Ressucitado para abençoar e em seu gesto abraçar a todos os moradores e visitantes da cidade de Crato) . Contratou um artista italiano, Agostinho Balmes Odísio, que passou a morar na cidade, atraído pela fama do Padre Cícero. Foi ele o responsável pelo projeto da Coluna da Hora e pela belíssima escultura da Estátua do Cristo Redentor (Trata-se de uma escultura de seis metros de altura e nas mesmas proporções da estátua do Corcovado). A coluna foi emblemada com uma placa com os seguintes dizeres: “Sede bem-vindo, nesta terra há lugar para todas as pessoas de boa vontade.”



Contou com a colaboração do imaginário cratense, Vicente Marques da Silva (1908 – 1994), responsável pela moldagem das 18 peças que constituem a estátua. Aliás, um outro membro da família, seu irmão, o Raimundo Marques da Silva é o autor da belíssima escultura da Samaritana, que também embeleza a praça.

Faleceu no dia 15 de Agosto de 1943, na cidade de Crato, ainda como Prefeito Municipal, ficando imortalizado na memória do povo cratense, e foi homenageado tendo o palácio da prefeitura Municipal com seu nome.


Dados Biográficos:
Araújo, Gomes. A cidade de Frei Carlos, Pe. Crato-ce.1971
Aquino, Lindemberg de. Roteiro das Ruas do crato, Crato-ce.1968

sitios:
http://sonocrato.blogspot.com/

Foto Cristo redentor: Dhielson Mendoça

Comentários:

Postar um comentário

DÊ AQUI SUA OPNIÃO SOBRE ESTA MATÉRIA

 
Tema para Blogger Mínima 223
Original de Douglas Bowman | Modificado por BloggerSPhera